terça-feira, 17 de março de 2009

Dia Mundial...das bogas!

Ora viva!!

Aqui estou eu, para fazer mais um relato a quem me lê.

Domingo, 15 de Março, lá combinámos uma saída pelos mares de Sines a bordo do "Xarrama", eu o meu pai, o Sr. Besugo e o David (mais conhecido por Pira).

As previsões do Windguru, apontavam para um dia calmo, mar caído e com uma aragem fraca, (o que acabou por não se verificar mas enfim!).
Tínhamos como destino, os "mares do norte" para tentar os Besugos, mas como o mar não estava como se previa, acabámos por ficar lá para Sul, O Sr. Besugo e o Pira, "Virgens" nestas andanças de água salgada, temiam o enjôo, mas felizmente tudo correu pela melhor e lá tiraram a alternativa!

Bem, 7h da manhã, Pescas arranjadas como manda a lei e lá saímos para tentar o primeiro pesqueiro alí perto do molhe Partido, num pontão perto dos 50 metros, que já nos deu bons resultados.

Pescas para baixo, roubo de iscas, pescas para cima. O normal, nada de especial, apenas algumas sarguetas e um polvo, capturado pelo Pira. Levantámos Ferro e mudámos de pesqueiro rumando ao molho sul onde ficávamos mais abrigados das vagas desconfortáveis e incertas que se faziam sentir.

No segundo Pesqueiro já começaram, a sair umas Chopas Azuis com umas sarguetas boas á mistura, de realçar a intensidade com que o Pira as sacava lá de baixo ("estava mesmo de malha larga")lol. As chopas, começaram a sair do pesqueiro e as bogas começaram a subir umas a seguir às outras, entraram no pesqueiro em cardume de tal maneira, que não deixavam o outro peixe comer!

As gaivotas íam agradecendo tal banquete e enchendo o papo á farta!

Começou a ficar mesmo "impescável" para eles, (isto porque eu estava só a tentar o peixe graúdo, com iscadas grandes de caranguejo e sardinha), que tivemos mesmo que mudar de pesqueiro!

Fomos lá mais para fora, escolho o pesqueiro, cascalho com areia perto de uma rocha, perto dos 60 metros.
Pescas para baixo e começaram os iscos a ser roubados, eram elas...quem??! As bogas... Outra vez não! Estavam por todo o lado. Por lá ficámos um tempinho e lá subia umas sarguetas (poucas) entremeadas com as malditas bogas.

O sol ía teimando em esconder-se e as bogas não se acalmavam.

Mudámos pela última vez de pesqueiro, ainda tínhamos uma hora de pesca, e assim que fundeámos, começam a sair logo uns Pargos e uns sargos em bom ritmo, mas com as malditas bogas á mistura. Foi alí uma "horinha á Benfica" que ainda deu para compôr a cesta do que se desejava.

O Sr. Besugo comportou-se á altura e saca um Sargo com perto de 2 kgs.

Aqui fica a Chapa da Pesca feita no último pesqueiro:

Photobucket

Vou contando por aqui qualquer coisa.
Até Breve
Cumprimentos, Daniel Rodrigues.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Eu...e o Achigã!

Ora Viva a todos os leitores!


Bem, eu sei que o Titulo do Blogue é "Pargómania" (Nome que advém de Pargo- peixe ósseo, de nome científico Pagrus pagrus, que pertence à família dos esparídeos), mas eu não resisto a escrever uma entrada sobre um Peixe fascinante que é o Achigã.



A biologia do Achigã:


O achigã é um peixe de água doce, da família dos Centrárquideos cujo nome cientifico é Micropterus Salmoides.


Micropterus significa barbatana pequena em referência à primeira porção da barbatana dorsal. Salmoides, porque a sua aparência e comportamento possuem características idênticas a outros salmonídeos que são a truta e salmão.


Habita desde lagos com vegetação abundante, rios e grandes barragens até pequenas massas de água e zonas pantanosas. Prefere águas límpidas e com pouca corrente, vegetação e margens suaves. Em situações de escassez de alimento, o canibalismo é frequente.


Como Peixe de "Sangue Frio", o achigã vê o seu metabolismo condicionado, perante a temperatura da água, não se alimentando durante a postura, bem como, em temperaturas inferiores a 5º C ou superiores a 37º C.


É presa frequente de corvos marinhos, garças e outras aves aquáticas. Referenciado como excelente fonte alimentar, embora a poluição de algumas massas de água interiores tenda a desaconselhar o seu consumo.
Este Predador, vive nas águas continentais, desde meado do século passado.


Antes de começar a falar da pesca propriamente dita, tenho de falar numa questão fundamental e num dos aspectos que torna esta pesca ainda mais apaixonante, que é a questão da Pesca Sem Morte.


Um dos aspectos mais importantes da Pesca do Achigã moderna é o da sustentabilidade dos recursos. A formação de novos pescadores com as modernas técnicas de pesca ao achigã deve ser obrigatoriamente acompanhada com uma modificação das atitudes de "Rapa-Tudo", para uma atitude de sustentabilidade.
Com a taxa de praticantes desta actividade a crescer, já não é possível continuar a trazer tudo o que se captura para casa, pelo que a implementação de uma atitude saudável de Pescar e Libertar deve ser transmitida aos amigos e principalmente aos descendentes destes.
Os grandes exemplares reprodutores, proprietários do património genético e das características desejáveis do conjunto de achigãs em cada barragem não devem ser eliminados. A máquina fotográfica passa a ser uma componente indispensável no nosso equipamento, permitindo, mais tarde, recordar com satisfação aquele belo exemplar que tivemos a satisfação de capturar, fotografar e libertar e que numa próxima jornada de pesca poderemos, talvez, reencontrar o mesmo exemplar (e libertar novamente, claro!!). Aqui fica um exemplo:











O Achigã e a sua Pesca:
Quanto á sua Pesca, Vou dar só umas dicas, pois se fosse aprofundar este assunto, escreveria um livro e não uma entrada neste blogue (brincadeira, claro).


Ora, entre esta Pesca e os outros tipos de Pesca de água doce, existe uma diferença crucial, que é o facto de, em vez de ser o peixe a vir ter connosco, (Como é o exemplo da Pesca á carpa, através de engodos, entre outras técnicas) somos nós a procurá-lo.


O Achigã, como predador, tem os seus "spots" estratégicamente localizados de maneira a que possa capturar as suas presas mais facilmente e com o menor esforço possivel, gastando assim menos energia. Este serve-se geralmente de estruturas rochosas, árvores submersas, estruturas artificiais, e outro tipo de estruturas para surpreender as suas presas.



Este tipo de Pesca divide-se essencialmente, em três ramos:
-Pesca de Barco




Barco equipado geralmente com motor de propulsão (Para a deslocação até aos Pesqueiros), Motor Eléctrico (para deslocação silenciosa no pesqueiro para não assustar o peixe) viveiro, duas cadeiras de pesca, caneiro interior, etc....



-Pesca de Pato




Bóia Insuflável com encosto, que geralmente é movida a barbatanas, mas por excepção, há quem use motor eléctrico ou até remos.





-Pesca de Margem.

O tipo de pesca mais usual, percorrendo os pesqueiros, pela margem das massas de água a pé.



Bem, Antes de Começar a falar da pesca com artificiais, gostava de dar "uma palavrinha" sobre a pesca com Isco Vivo.

Para além da pesca ao Achigã com isco vivo(Lagostim, Verdemã, pardelha, etc..), já ser proibida em quase todo o continente, ainda há quem persista em fazê-la. Principalmente, os Rapas (Pescadores que, capturando peixes sem medida mínima legal e "varrendo" tudo por onde passam, dizimam "universos" de peixes, tornando-se assim um dos maiores predadores e obstáculos ao crescimento das populações do Achigã! )
O isco vivo nesta pesca, serve para quem não tem capacidade, de enfrentar a inteligência do achigã, com a sua própria criatividade, usando iscos naturais, não dando assim, qualquer trabalho enganar um exemplar desta espécie.

Pronto, foi só um desabafo.


Pesca com isco Artificial:

(Fica para amanhã, porque tenho aulas cedo!)
(Voltei!!)

Ora, a pesca com isco artificial, consiste basicamente, em tentar enganar o peixe com imitações das suas presas comuns, com que se costumam alimentar.

Temos como exemplos, imitações de peixes pequenos (ciprinídeos de pequeno porte, perca-sol, alburno), lagostins, salamandras, cobras, crias de achigã e até aves de pequeno porte.


Materiais e técnicas:

Em termos de conjuntos cana/carreto, existem dois tipos, de spinning e de Casting. Para cada tipo de técnica um dos tipos será sempre mais aconselhável.


O comprimento das canas varia entre o 1,70m e os 2,30 m, mas o comprimento médio habitual situa-se entre 1,80m e os 2 m. As canas inteiriças de carbono são as mais utilizadas embora as canas com mistura de fibra de vidro tenham as suas aplicações (crankbaits, spinnerbaits).


Os conjuntos de Spinning são os mais usuais entre os pescadores do nosso País. São conjuntos mais fáceis de manusear e geralmente são mais universais, ou seja, servem para muitos tipos de técnicas.




Já os conjuntos de Casting, são algo diferentes, dos conjuntos normais. A principal diferença é que o carreto (de tambor móvel) e os passadores da cana ficam virados para a parte superior desta.




Fios:

Os Fios que uso normalmente os FloroClear da marca P-Line. Uma linha com qualidades mistas muito boas e uma suavidade de utilização excelente. Quanto ao diâmetro da linha uso de 8 a 12 libras.





Iscos Artificiais ou Amostras:

O mundo dos iscos artificiais é muito Vasto e por si só, merecia, uma entrada neste blogue, (quem sabe lá mais para a frente...) por isso vou só dar umas dicas.

A maioria das amostras são de Plástico duro ou plástico mole (também conhecido por vinil) , existindo ainda amostras de outros materiais, como as spinnerbaits.


Plástico Duro:




-De Superficie

Estas amostras são animadas aos "sacões" á Superfície da água, tentando emitar uma presa em apuros. Como por exemplo, gafanhotos e outro tipo de insectos, aves pequenas, cobras, rãs, entre outros. Como exeplos, temos as Poppers ou beijoqueiras, Passeantes, buzzbaits, de hélices...! Para mim uma das técnicas de Pesca mais espectaculares, isto porque, é uma pesca muito "visual" e geralmente que se assiste ao ataque do peixe á amostra

-Meio Fundo e Fundo:



Jerkbaits- Amostra de Meio Fundo; Simulam um peixe em dificuldades;




Crankbaits-Amostra de meio fundo ou Fundo, dependendo do tamanho da Paleta desta;






Spinnerbaits-Amostra de meio fundo; imitam um cardume de peixes de pequeno porte;





Amostras de Plástico mole ou Viníl:

O mundo dos iscos artificiais para o achigã, está em evolução constante, principalmente o mundo das amostras de viníl. Existem amostras de viníl muito variadas, quer no design, quer nas cor, quer nos cheiros.



Aqui ficam alguns exemplos:














Estas amostras podem ser empatadas de várias maneiras. A maneira mais usual é o empate Texas.
Lagostim empatado á Texas com chumbo bala normal a deslizar na linha:











Drop-shot:






Empate carolina:

O estralho deste tipo de empate tem normalmente entre 60 cm a 90 cm, ficando o chumbo no principio deste.
E Pronto, já falei dos pontos essenciais do Achigã da sua Biologia e da sua Pesca .
Fico por aqui.
Um Grande Abraço,
Daniel Rodrigues

domingo, 16 de novembro de 2008

Pesca...Que Vício este!

Boas Pessoal!

Em primeiro lugar, como sou novo nestas andanças de Bloggs, Peço desde já desculpa por qualquer erro ou gafe técnica que possa vir a cometer!

A PESCA:

Bem, é Sobre este desporto/hobbie/passatempo víciante que Reina no meu Sangue desde miúdo, que vou Falar nesta página. Grades, Records, Azares, Sortes, Aventuras, Desventuras enfim.... Tudo o que Faz Parte e que alimenta este Vício Saudável!

Esta Paixão nasceu-me no Sangue, isto porque sou descendente de Pescadores Desportivos, Avô, Pai , tios, que sempre adoraram pescar nos tempos livres.
Mas a minha Paixão pela Pesca, teve logo desde muito cedo uma relação muito forte Com o ramo da Náutica, ou seja, sempre fui muito ligado aos barcos.


Quanto á história dos barcos, a minha ainda é recente:

Começou há perto de 9/10 anos, o primeiro barco que o meu pai comprou, de nome "Biúca", um fibramar de 4,5 metros com um motor mariner de 40 CV, em segunda mão, mas muito bem estimado. Este, para dar umas voltinhas na barragem e beber umas bejecas a bordo (Barragem vale de Gaio/Trigo Morais - Torrão). Este da Foto aqui em Baixo:



Assim foi, "voltinha pr´aqui, voltinha pr´alí", pescarias e tal e é aí que surge o meu primeiro vício a sério, a Pesca ao achigã embarcada (que ainda dura), mas enfim, hei-de fazer uma entrada, só desta Pesca lá mais para a frente.

No verão de 2004, eu e a minha familia, fomos passar férias pa Sines e o meu Pai decide levar o barco.
Assim foi, Embarcação na Marina de Sines e começaram a surgir as primeiras saídas "madrugadouras", sempre para o mesmo pesqueiro, bico do molhe principal. Estas saídas, normalmente, só duravam a manhã, porque à tarde começava-se a levantar as famosas "Nortadas" e como o mar não é para brincadeiras, principalmente para os inexperientes, levantáva-se Ferro e rumávamos a terra. Mas nestas saídas ainda se apanhava algum peixe, Safias, Fanecas, Choupas e até alguns parguetes.

Foi aí que começou outro Vício (este ainda maior), a pesca embarcada de Mar, vá comprar material, iscos e muito mais, Fizemos algumas saídas na Maritimo-turistica, "Miragem", bem sucedidas até, e o vicio nao parava de crescer.
Já no inicio de 2007, o meu pai decidiu investir num barco que aguentasse mais mar, de nome "Kraque" um Valliant de 5,20 metros com um motor Mariner de 60 CV .
Este Modelo aqui da Foto:





Belas pescarias que fizemos nesse barco, até chegámos a ir aos besugos para Norte (lol). Um bom Barco para aguentar mar, mas tinha um problema, a falta de espaço para arrumar material, que cada vez era mais e como podem imaginar, após uma jornada de pesca, chegávamos a terra , nao sentíamos nem as pernas nem braços , nem nada.
Teve de ser, Vendemos o Barco e foi já este ano que comprámos um cabinado, um Benneteau Antares 6, com motor interior yanmar de 115 CV, com muito mais espaço para arrumar a tralha (por mais que seja o espaço, nunca chega). Demos-lhe o nome de Xarrama (rio que passa perto do Torrão). O barco, este aqui da Foto:



Barco na Marina de Sines e já algumas pescas feitas, algumas boas, outras menos boas, mas dá sempre para divertir e até ficar mais tempo no mar.
Vou contando algumas Pescas feitas.
Até Breve!

Ps: Como podem ver a minha experiência no mar não é muita, mas a vontade de aprender é...tudo tem o seu tempo.

Cumprimentos,

Daniel Rodrigues